Displasia do desenvolvimento do quadril
O desenvolvimento saudável do quadril é essencial para a mobilidade e o bem-estar da criança. A Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) ocorre quando a articulação do quadril não se forma corretamente, podendo causar instabilidade. Em muitos casos, a condição é detectada logo nos primeiros meses de vida e pode ser tratada de forma simples, garantindo um crescimento adequado da articulação.
Quando identificada precocemente, a DDQ tem excelente resposta ao tratamento. Por isso, exames preventivos e o acompanhamento com um ortopedista pediátrico são fundamentais para garantir a melhor abordagem para cada caso.

O que é a Displasia do Desenvolvimento do Quadril?
A displasia do quadril é uma condição em que a cabeça do fêmur não se encaixa corretamente na cavidade do quadril (acetábulo). Em alguns casos, o encaixe pode ser mais raso do que o normal, enquanto em outros, a articulação pode se deslocar parcial ou totalmente.
Essa condição é mais comum em bebês do sexo feminino, crianças que nasceram em apresentação pélvica (sentadas dentro do útero) e em casos com histórico familiar.
O diagnóstico precoce permite um tratamento menos invasivo, garantindo que o quadril se desenvolva de forma adequada e sem impacto na mobilidade da criança.
Quais são os principais sinais?
Nos primeiros meses de vida, os pais e cuidadores podem observar alguns sinais que indicam a necessidade de uma avaliação ortopédica:

- Assimetria das dobras na coxa e nas nádegas
- Dificuldade para abrir completamente as pernas ao trocar a fralda
- Estalos ou cliques ao movimentar o quadril
- Uma perna aparentemente mais curta do que a outra
Caso o diagnóstico não seja feito logo nos primeiros meses, alguns sinais podem surgir quando a criança começa a andar:
- Marcha instável ou mancando
- Dificuldade para apoiar um dos pés no chão
- Diferença no comprimento das pernas
Se houver suspeita, exames de imagem como ultrassonografia do quadril (para bebês até 6 meses) e radiografia de bacia (para crianças acima dessa idade) ajudam a confirmar o diagnóstico e orientar o tratamento adequado.
Como é feito o tratamento?
O tratamento varia de acordo com a idade da criança e o grau da displasia:
Até 6 meses
O tratamento é feito com o uso do Suspensório de Pavlik, um dispositivo ortopédico que mantém o quadril na posição correta e ajuda no desenvol-
vimento adequado da articulação.
De 6 a 18 meses
Quando o quadril já está mais instável, pode ser necessário um procedimento chamado redução incruenta, onde o fêmur é reposicionado sob anestesia. Após a manobra, a criança usa um gesso pelve-podálico por cerca de 3 meses para estabilizar a articulação.
Acima de 18 meses
Em casos mais avançados, pode ser necessário um procedimento cirúrgico para recolocar o quadril no lugar e corrigir possíveis deformidades ósseas. A recuperação envolve o uso de gesso e fisioterapia para auxiliar no fortalecimento e na mobilidade.
Quando procurar um ortopedista pediátrico?
Se houver histórico familiar de displasia do quadril ou qualquer um dos sinais mencionados for observado, é importante buscar uma avaliação especializada. O diagnóstico precoce possibilita um tratamento mais simples e eficaz, garantindo que a criança tenha um desenvolvimento saudável.